Carnaval virou bunda
Vamos ser realistas: Carnaval pode ser definido em uma palavra.
Sim, é isso mesmo. Esse tal Carnaval, virou BUNDA.
Na minha época (sei que isso soa velho, mas não faz muito tempo) era tudo mágico. Era sincero, mais animado. E tinha respeito.
Era tão legal! Eu andava com a galera, fanfarrões assumidos. Vagávamos pela cidade sem medo de perigo algum. Não tinha porque se preocupar.
Bebíamos sim. Mas nunca a ponto de perder a noção. Beijávamos sim. Nunca à força. Rolava amassos. Mas nunca passávamos do ponto chamado “noção”.
E as briguinhas de namorados não terminavam em tiros, como hoje em dia. O máximo que acontecia era um tonto bêbado que mexia com a mulher do outro tonto mais bêbado ainda, os dois se davam uns tapas…e minutos depois ficava tudo bem. Isso se eles não tomassem mais umas bebidas juntos e virassem amigos.
Nossas roupas eram short e blusinha. Também….puta calor! Mas nada era tão escandaloso. Claro que já tinha muita mulherada vulgar, mas batante restrito.
Hoje, sinto vergonha alheia dessas meninas que parecem não ter mãe. Nem pai. Nem noção.
A música era uma delícia: banhada por marchinhas de carnaval, confete, espuma e serpentina. De vez em quando jogavam água na gente. Uma lambança deliciosa! Dançávamos até não querer mais…Às vezes até meus pais acompanhavam a bagunça.
Tinha carnaval de rua, blocos montados, desfiles. Só farra. Farra segura. Organizada.
Hoje? Carnaval virou baladinha. Dançar virou se esfregar. Beijar virou meter. Água virou pinga. Cigarro virou maconha. Se vestir virou se despir.
E de novo: carnaval virou bunda.
Agora SaiDaqui!
09/02/2010
Legal moçada, mas assim, desde que vcs nasceram carnaval já era bunda, pelo menos nos lugares maiores (aliás quando eu nasci acho que também)… e hoje os lugares pequenos estão indo pelo mesmo caminho… essa coisa de carnaval no Rio estilo “noite dos mascarados” foi-se há muito tempo mesmo!
Mas é uma nostalgia bem legal =)
09/02/2010
Por essas e outras que meu carnaval será em casa, aqui em SP. Indo na casa dos amigos, fazendo “o de sempre”. Não dá pra aguentar essa “putaria forçada”.