Quando amar demais não basta…

É fato consumado: Quem tem amor demais no coração nunca vai estar satisfeito. Sensação contínua de que nunca vai existir alguém que ame suficiente. Achismo constante de que nasceu para ser sozinho, ou conformar-se em receber amor de menos.

Sentir-se culpado por amar demais. Como se fosse coisa feia ou pecado mortal doar-se por inteiro.

Eu não sirvo pra isso. Que a pessoa então fique sozinha. E seja inteira. Intensa como sabe ser.

Acho engraçado: sempre tem algum idiota para querer fazer perder o brilho de quem o tem. Gente que se encanta e se apaixona exatamente pelo jeito cativante que essas pessoas normalmente tem, e quando as conquistas, fazem do possível e impossível para que essa seja a primeira coisa a mudar. Tentam mudar o jeito delas, por puro egoísmo e egocentrismo.

Sempre vai ter: um otário pedindo liberdade, sem querer te dar um pouco dela. Adora dizer que comeu tantas, morde o lábio quando você confessa que deu pra alguém. Te quer só pra ele. Mas quer ser de todas. Te exibe pra todos os amigos homens e eche a boca pra falar que te come de tudo quanto é jeito. Quer conhecer seus amigos pra poder demarcar seu território,  enquanto te esconde das amigas, pra poder continuar com certas liberdades. Reclamando do cumprimento do seu vestido, e reparando no decote das outras…Dentre muitas outras coisas absurdas.

Quando é assim, amar demais não basta.

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Só pra cotar Jabor, se a vida fosse fácil assim as mulheres não comprariam um porco inteiro só por causa da maldita linguiça. (Tá bom, esse foi um comentário feminista só pra provocar, admito)

Enfim, para alguém que não baste amor sincero, juras de amor e loucas declarações inesperadas; que tampouco bate sexo com carinho e tesão intenso, divisão de tarefas, dinheiro suado e companheirismo, então não sei o que basta. Desculpe, mas seres assim não sabem ser mais que “só” isso.

E SAIDAQUI!

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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7 comentários

  1. Exato! E SÓ isso não me basta. Simples assim!

  2. Funny the way it is… Mas conheço alguns milhares de homens assim. ¬¬

  3. Acho que nunca convivi com um cara assim. Mas sei que existem… aos montes! :S

  4. interessante o texto, porém acho que faltou a reflexão de porque… porque sao assim? nao defendendo homens nem mulheres, mas geralmente tem um pq.
    pq nao gosto mais(de q?), ou entao pq acho a grama do vizinho mais verde, ou pior… pq virou rotina.
    Costumo definir relacionamentos assim:
    conheci, bacana, tesao, legal, ótimo, lindo, perfeito, lindo, ótimo, legal,”legal…”, “é.. namoro”, rotina, brigas, volta ao legal — as vezes chega ao ótimo ou lindo — , e no final volta a rotina e brigas até que brigas também viram rotina… aí sim é o fim.

    nao?

  5. Depois da minha última desventura eu desenvolvi uma teoria.
    A vida é cheia de encontros e desencontros. Há sempre alguém que a gente gosta e que não gosta da gente. E, ao mesmo tempo, há sempre alguém que gosta de ti e a recíproca não é verdadeira. Pra confirmar isso basta olhar para o lado.
    Relacionamentos são complexos e complicados. E, só têm chance de dar certo quando há uma comunhão de interesses, ou seja, quando as duas pessoas se gostam e querem ficar juntas. Na pior das hipóteses, se uma ainda não gosta da outra, no mínimo tem que estar disposta a tentar, o que é bem mais raro.
    Se, havendo isso ainda sim não der certo é óbvio que vai haver certo sofrimento, mas não é o fim do mundo. Isso passa com o tempo e com um novo amor, ainda que o anterior e as suas marcas não sejam esquecidos.
    A parte traumática ocorre mesmo quando faltam respeito e educação, mas isso pode ocorrer em qualquer relação, seja no trabalho, na aula ou em qualquer outro lugar em que duas ou mais pessoas convivam.
    A verdade é que todo mundo, de regra, sofre, mas só precisa dar certo uma vez. Então o jeito é continuar tentando…

  6. Anonimal! e JP – Pois é. Acho que faz parte da vida de todos nós, sofrer é sempre inevitável.
    Basta que entendamos que depende pura e simplesmente da gente mudar de atitude quando perceber que aquele amor já não basta.
    E como o JP bem colocou, respeito é o que conta para TODOS os relacionamentos na vida.

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