Razão Dominante

Tenho dessas de olhar pra trás e tentar encontrar explicação pra tudo. Às vezes acho que não deveria fazer tanto disso, porque hoje olhei pra trás e tive uma constatação um pouco triste. Talvez até melancólica.

Um medo até bobo, em certo ponto. Mas meus traumas e fantasmas do passado me tornaram uma pessoa mais amarga.

“Ah, mas isso acontece com todo mundo” – Sim, eu sei. Acontece mesmo, embora em determinado nível, alguns entendam (e talvez até estejam certos) como amadurecimento.

Deixando exageros de lado, fiz uma linha base com os eventos mais marcantes de minha vida, bons e ruins. Tirei alguns minutos para analisar cada um deles.

E o que eu descobri? Que hoje sou um misto daquilo que vivi. Que meus maiores medos são baseados nos maiores tombos que a estrada já me deu. E que a razão passou a ter uma importância maior que o coração, em todos os aspectos da vida. Tanto pra descobrir o óbvio não é mesmo?

Um óbvio que eu não tinha percebido.

Razão essa que me impede de correr atrás de várias loucuras absurdas, fadadas ao fracasso. Mesma razão que me priva de viver algumas coisas antes tão simples de serem intensas e plenas.

Faca de dois gumes: Até que ponto pensar demais e deixar a razão controlar é saudável ou sinônimo de maturidade?

O maior desafio de todo mundo, acho. Não ser 8 nem 80 é mais complicado do que escrevem por aí, no fim das contas.

A minha solução? Lembrar de levar um pára-quedas da próxima vez que sentir vontade de pular de um precipício chamado amor. Com ou sem mãos dadas.

Agora SaiDaqui! 😉

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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2 comentários

  1. LINDA Amanda,

    lembre-se do que disse Clarice Lispector:

    “A felicidade aparece para aqueles que choram.
    Para aqueles que se machucam.
    Para aqueles que buscam e tentam sempre.”

    😉

  2. Olá Amanda, gostei muito deste texto pq compartilho de um sentimento semelhante. Já perdi muitas oportunidades, me feri sentimentalmente por varias vezes, mas também me livrei de mais sofrimento sendo demasiado racional. Mesmo assim sempre fico naquela sensação ruim de que tudo poderia ser menos racional e mais sentimental (excluso o sentido emo da coisa rsrs).

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