Churrasco e Chimarrão

Lembro-me perfeitamente de uma época em que eu odiava chimarrão.

Chamava de mato amargo, chá queimado e “troço sem graça”. Levei quase um ano para aprender a gostar. Tomava um golinho que fosse. Nunca me descia garganta abaixo.

Não conseguia entender como as pessoas GOSTAVAM daquilo. Eca.

Mesma coisa com churrasco.

Nunca fui muito de carne vermelha. Viveria no meu franguinho e peixinho grelhado a vida toda se necessário. Não admitia comer mais que um tipo de carne na mesma refeição. “MEU DEUS, COMO VOCÊS SÃO CARNÍVOROS!” – eu brincava…

Até que o tempo passou e a cultura gaúcha começou a fazer parte da minha vida. As bombachas, as facas penduradas na cintura, os ponchos que antes eu olhava com estranheza, passaram a ser comuns a meu ver. Confesso que até passei a admirar os costumes e tradições.

Acampamento Farroupilha, em comemoração à Revolução de 20 de setembro: Piquetes e mais piquetes com costelas de 12h no fogo de chão, facas e gaudérios pilchados para todos os lados. COISA LINDA DE SE VER. Não perco nunca!

E então, dois anos depois, cá estou.

Não vivendo sem chimarrão, um mate divino e viciante. Dono de todas as rodas de conversa e elemento crucial no começo da manhã ou no fim da tarde. De gosto agora cosiderado delicioso por minha pessoa (sim, engoli minhas primeiras impressões) e capaz de me fazer sentir falta quando não o tomo.

E amante do churrasco, aquela carne delícia que quase derrete na boca. Churrasco mesmo, feito no espeto. Nada de grelha. Carne quase ao ponto. Nem sangrando, nem queimada. Suculenta.
Daquelas que dá até água na boca ao falar.

Costela, a invenção divina mais perfeita quando assada. Mal precisa ser mastigada.

Relato de uma paulistinha, que jamais esquecerá suas origens, mas que agora respeita – e muito – a tradição gaúcha. Churrasco e chimarrão? TÔ DENTRO.  Agora SAIDAQUI!

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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5 comentários

  1. Um churrasco NUNCA dispensarei, agora… ta aí uma coisa que tenho que fazer: experimentar chimarrão kkkk

  2. Bahhh Tche que foi Tri legal esse post Haahahahaha ! Eu adoro churrasco mesmo sendo paulista e talz e ja tive oportunidades de apreciar um bom chimarrao em compahia de bons amigos gauchos e confesso que o troço e bao ! Fora que pra curar RESSACA ao meu ver nao tem nada melhor …. Parabens pelo post e as fotos deram agua na boca , bem na hora do almoço tb Rsrs Bjos Amada

  3. Não há quem resista… bem vinda paulistinha du inferrrnu… espero q pra sempre 😉

  4. Minha linda, eu nem sei o que falar, estou arrepiado e emocionado com as belas palavra que vc juntou e formou mais um belo texto. Parabéns…Grandes beijos

  5. As delícias do Sul!
    Sou apaixonada por churrasco, e acho engraçado o povo aqui de Curitiba dizendo que vai fazer churrasco e vc chega lá é carne na grelha… Churrasco é no espeto! E nossa, costela de chão é mto s2!!

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