Amor e ponto
Deveria ser simples e vir pronto.
Enlatado, congelado, pré-assado. Ou em fatias. Talvez em cubos.
Nunca muito caro. Que fosse acessível, previsível, indecepcionável.
Que viesse ao avesso, mal passado. Enrugado para que o tempo desamassasse.
Que viesse quebrado, faltando pedaço. E que o conserto fosse fácil, desde que juntos.
Que fosse sempre correspondido. E nunca machucasse.
Ninguém.
Nem ele, nem ela, nem você, nem outrém.
Nada de “para sempres” ou “nunca mais”, mas em compensação, cheio de “agoras” e “talvezes” juntos.
Amor e ponto.
Sem vígurlas, parêntesis ou parágrafos. Sem dúvidas, interrogações ou reticências.
Amor, e ponto.
SaiDaqui!
24/10/2011
seria perfeito!!
otimo texto…
24/10/2011
Amor e ponto
que venha pronto
em forma de conto
E me deixe tonto
Como os versos acima
que li, re-li,
pensando em cada rima:
Que talento tem essa menina!
Adorei!
24/10/2011
Muito bom, adorei! 😀
24/10/2011
Amanda, muito bem colocado e digo…
As vezes nosso amor é uma interrogação, muita dúvida, descaso, desconfiança; outras uma exclamação, tudo combinado, sabido ou “mandado”; outras vezes entre parênteses, morno, stand by, a postos, só esperando; quando entre virgulas nos separa, ou aproxima em forma de explicação, complemento ou conclusão… Mas o que “mete” medo é o ponto final… Se for no sentido de “juntos para sempre e ponto” é muito bom, mas se for “fim e ponto”, este nos abala.
24/10/2011
Fato. Nao podia ter dito melhor. Simples, e verdadeiro. Parabens Amanda, lindo texto.
28/10/2011
Excelente!!! Se um dia escrever um livro, comprarei com certeza!!!