Sobre perdão e bullshit

Dizem por aí que somos projetados para perdoar. E talvez o coração humano seja mesmo o mais tolerante dos órgãos, por aguentar tantas porradas, decepções, perdas e mágoas ao decorrer de uma vida cheia de gente que fere.

Já parou pra pensar?

Todo mundo vive por aí gritando aos sete ventos que errar é humano e perdoar é lindo, divino, bla bla bla e whiskas sachet. Talvez seja para tentar convencer elas mesmas de que isso seja verdade. Ou para parecer uma boa pessoa perante aos olhos de outros.

Porque até o perdão precisa de limites. Em excesso, ele vira pura e simplesmente a mais completa e simples forma de burrice. Atestado de babaca sem nem precisar fazer escola.

Todo mundo erra, concordo. Mas com todos os nossos bilhões de erros já cometidos até aqui, somados com as experiências de todos que nos cercam e os tapas na cara que já levamos, errar deveria ser exceção. Errar menos, para ter que perdoar menos.

Tão simples e tão raro.

Até porque perdoar, convenhamos, não é nada fácil. Além de na maioria das vezes não ser 100% sincero. Ninguém tem o coração gelado a ponto de esquecer de uma hora pra outra alguma mancada alheia. Leva tempo, e um teto de vidro, cada vez mais facilmente quebrável.

E lembre-se: ninguém consegue machucar duas vezes uma pessoa com a mesma intensidade. Se você já o fez uma vez, afaste-se antes de fazer novamente ou fique com a consciência que últimas chances têm um porquê em serem últimas. Faça valer à pena.

Agora SaiDaqui!

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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2 comentários

  1. perdoar um erro de alguém que foi imaturo, infantil, indeciso ou não pensou direito pode até ser fácil mas perdoar erro baseado em caráter duvidoso é assinar atestado de idiota. hah

  2. Nada além da verdade. E não sei o que é pior, perdoarmos sabendo que acontecerá denovo (e que perdoaremos novamente numa espécie de ciclo vicioso, tornando-nos culpados) ou querer perdoar e não conseguir. É foda.

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