Gente T-Rex
Não gosto de gente T-Rex.
Explico-me: incomoda o âmago do meu ser essa gente que não abraça as coisas. Não toma as responsabilidades para si e não assume culpas.
Na vida, no trabalho, no relacionamento: tudo vira desculpa e para tudo tem um “mas”. Um maldito MAS no meio do caminho, que faz tudo ficar mais cinza, cheio de má vontade e energia negativa pra dar errado.
E digo mais: elas estão por todo lugar. Seja em festa infantil ou na multinacional renomada (tenho experiência em ambas), é um tal de “isso não é problema meu” que irrita até o último fio de cabelo branco que ainda nem nasceu no meu couro cabeludo.
Eu SEI que não é meu problema se o garçom te serviu refrigerante diet ao invés de light, mas não me custa direcionar ou até mesmo resolver o assunto.
Também sei que não é meu departamento que resolve se o botão de volume do seu computador parou de funcionar, mas não me custa te encaminhar para a pessoa certa.
Não é minha responsabilidade fazer algo, mas se eu sei como e não me atrapalha nas atividades diárias, não custa fazê-lo.
Não é obrigação, não é favor. É noção. EM TODA E QUALQUER SITUAÇÃO NA VIDA, você encontrará pedaços de atividades (bem ou mal feitas) por outras pessoas.
Um coração partido com traumas amorosos, um relatório mal feito, um procedimento que possa ser melhorado. Todo mundo tem passado, tem história. E isso não precisa ser pra sempre. Dá pra melhorar, dá pra ajudar, pra fazer diferente.
Ninguém está pedindo para que você faça o trabalho dos outros, mas seja racional: ajudar não dói, quando você pode fazê-lo.
Aprenda algo com a vida: nossos braços são compridos e cabe um mundo dentro deles.
Abrace mais as pessoas, as coisas e principalmente, as responsabilidades. O mundo já tem Joãos Sem Braços demais. Obrigada.
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