Egoísmo: quero meu eu de volta

Hoje vou ser egoísta: quero de volta todos os sorrisos que te dei.

Quero aquele troço vermelho pulsante e danificado que eu te entreguei de mão aberta de volta na minha caixa toráxica.

Quero um tempo só meu, distância de nós dois, quero ponto final. Simples assim.

Quero o fim de você dentro de mim.

Um amor que vira coisa controlada, contida, amena, clichê e cheia de dedos não é pra mim: sentimentos que não me descabelam infelizmente não me servem.

Desculpa se só eu fui a única parte inteira da sua metade (que talvez nunca tenha sido amor). Desculpa meu jeito intenso, minha vontade diária de viver contos de fada que nunca serão.

É minha culpa sim, eu assumo: por ter esquecido de crescer e continuar me recusando a entender que esse tipo de amor não existe.

Por acreditar. Achar que talvez pudesse ser diferente com você.

O que mais me machuca? A indiferença, o silêncio e a triste certeza de que você foi só mais um moleque em minha história.

Só deixe o meu eu voltar pra mim. Quebrado, sofrido e maltratado. Aliás, vá embora por favor (de preferência em silêncio), e me deixe voltar a ser a melhor companhia pra mim.

Obrigada.

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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