Senta aqui, vamos falar de amor
É por trás de todos os copos de cerveja que minhas histórias não vividas se passam, as mal vividas se fazem esquecer e as bem vividas são lembradas.
Porque eu sou idiota, no sentido mais simples de se ser. Do tipo que vai procurar sentido numa frase qualquer que você disser, que corre atrás da letra da música quando você envia um link, montando na cabeça uma história que foi, ou que vai ser entre nós.
Eu me apego, me jogo e me afundo onde não devo (com quem não devo) e faço amizade com o dono do bar, o mendigo de rua e o bêbado de padaria. Minha vida tem uma ânsia por detalhes que às vezes eu mesma me assusto.
Por saber o que eu estava vestindo no primeiro beijo, todos os detalhes da primeira transa e o sapato que vou usar no casamento que talvez nunca aconteça. Porque eu me apaixono pelo que as pessoas falam, escrevem e como agem.
Tenho vontade constante de falar de amor com quem mal conheço e uma ideia idiota que um dia vou viver de conto de fadas, com direiro a “foram felizes para sempre” e tudo mais que vier no pacote fantasia.
Eu rodopio mesmo estando sentada, abraço a menina bonita da mesa ao lado na minha imaginação e dou um beijo na careca do meu vô à distância. Porque basta fechar os olhos pra sentir.
Eu bebo, porque atrás de todos os copos americanos turvos de cerveja gelada, eu crio e conto histórias de tudo que sonhei pra mim. Divido meus sonhos com quem quiser ouvir e talvez esse seja meu maior problema: não ter medo (nem vergonha) de falar de sentimento.
Só porque não acho justo saber que as tais borboletas no estômago existem de fato e nem todo mundo teve a oportunidade de saber disso ainda.
SaiDaqui!
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