Pra quem quiser me entender melhor (inclusive eu mesma)

Eu não gosto de conversas que terminam abruptamente em silêncio. Assuntos mal resolvidos sempre me assombram.

Quando fico calada demais, é porque estou chateada. Quando não quero falar, não quero mesmo – é porque sei que logo vai passar e não vale à pena discutir. No meu caso, mexer nas unhas é sinal de nervosismo.

Ficar cabisbaixa é sinônimo de estar pensativa. Cozinhar e escrever me relaxam. Aliás, sempre que estou na cozinha é porque quero pensar em algo – e normalmente decisões imporantes são tomadas ali.

Gosto de detalhes, mais que coisas grandes. E sempre penso em maneiras criativas e bobas de demonstrar sentimentos pra toda e qualquer pessoa que gosto. Quando me frustro, a úlcera ataca. Se tenho insônia, é porque a coisa está feia.

Gosto de tudo em pratos limpos: se quero conversar sobre algo, por menor que seja, é porque me incomoda. Gosto de acreditar que chances são necessárias e que as pessoas mudam quando é pra ser pra melhor. Sou completamente intolerante com mentiras, omissões e traições, por menores que sejam.

Choro quando dá vontade e tenho problemas com minha auto-estima. Tomo chuva sempre que posso e gostaria que as pessoas não me olhassem como se eu fosse louca quando o faço. Tenho um senso maternal maior que qualquer outro ser humano que conheço. Por mim, eu seria mãe até da minha mãe.

Escrevo tudo que sinto em entrelinhas e desabafo de várias formas diferentes. Em todas elas que não são diretas, é simplesmente meu corpo buscando válvulas de escape do que se passa dentro de mim. Odeio quando o coração me faz tomar ações idiotas e faz o cérebro parecer estúpido, mas normalmente as tomo.

Acredito em conto de fadas, mesmo que sem príncipe e sem cavalo branco. Respeito quem encontra tempo em sua agenda pra mim, mas adoro ainda mais os que não fazem questão de checar agenda pra um tempo comigo. Responsabilidade e planejamento vêm sempre em primeiro lugar.

Trabalho tem que ser levado a sério, mas não pode ser sempre a prioridade número um. Não respeito quem perde momentos importantes da vida por estar correndo atrás de tempo e/ou dinheiro. Aliás, desisto fácil de tudo que não me dá nenhum feedback ou incentivo pra continuar.

Normalmente atropelo a ordem das coisas e tenho problemas de confiança. Acredito nas pessoas até o primeiro sinal de que não deva fazê-lo. Também gosto de guardar um pouco de dinheiro, porque já me faltou um dia.

Largo QUALQUER coisa pela minha família e não há nada que tire minha irmã do meu futuro. Tenho medo de morrer (por causa dela) e luto tanto desde agora pra poder dar uma vida confortável pra nós duas quando meus pais faltarem.

Respeito diferenças raciais, religiões, pontos de vista – mas só enquanto o respeito for recíproco. Odeio comprar brigas e normalmente só viro as costas. Sei brincar com palavras e dizer o que penso sem ser grossa (ou sendo, quando precisa).

Gosto de comer. E de viajar, nem que seja pra cidade ali do lado no fim de semana. Se eu fico monossilábica é porque gostaria que você tivesse se interessado mais no assunto.

Não tenho raízes fortes e não é por opção. É por falta dela.

Tenho medo de morrer queimada, afogada ou de mordida de tubarão e/ou jacaré. Gosto de altura, de esportes radicais e coloco um significado por trás de qualquer letra de música que me mandem. Pareço brava e mandona, mas no fundo só quero ser pega no colo.

Música alta me incomoda e esse negócio de sair pegando todo mundo em balada não é comigo. Chame de velha se quiser. Gosto de amigos em casa ou barzinhos.  Aliás, adoro rotinas, e dias perfeitos em que possamos ficar sentados no sofá de casa, assistindo seriados e contando sobre trivialidades do dia.

Tenho problemas em esquecer ou perdoar. Mas assim o faço quando me convenço que vale à pena. Não tenho problemas em mudar nada. Cabelo cresce de novo, tatuagem a gente tira ou cobre se for o caso e opinião não é escrita em pedra. Casa a gente faz ser onde o coração estiver e família estará sempre perto, mesmo que longe. Dor de amor o tempo cura e a paciência ensina esperar outro.

Ah, e vivo tentando me explicar ou definir. Mas nunca consigo.

SaiDaqui! 

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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