Existe sim!
Em matéria de relacionamento, eu passei a vida toda sendo criticada.
Primeiro por ter vários namorados (como se a culpada fosse só eu de não ter dado certo, ou existisse alguma lei ou obrigação que tornasse crime admitir que aquela pessoa não te faz feliz o suficiente, e que você quer mais), por apresenta-los sempre para a família (desculpa se eu me entrego e sempre acho que é o cara certo), por fazer coisas demais por eles (demonstrar amor também é crime, agora?) ou por seguir em frente (aparentemente rápido demais pra opinião das pessoas) quando termino com alguém. O fato é: pra mim, as coisas sempre foram simples; porque eu sou fiel ao meu sentimento, à mim mesma, e ao que espero da pessoa que está comigo. A lógica é clara: amo, me entrego, vejo que não é o suficiente, desanimo, tento mais um pouco, não dá certo, termino e bola pra frente.
Não, eu não vou sofrer por quem eu já comprovei que não me faz feliz suficientemente. É tão difícil assim de entender que algumas pessoas são intensas e que quando querem, querem tudo e naquele momento?
Entre duras críticas da família, broncas e MUITA piada dos amigos, minha vida amorosa sempre foi uma tragicomédia, e eu quase acreditei neles. Fechei-me e parei de acreditar no amor que idealizei a vida toda. Fiquei três anos sozinha, tive vergonha de falar de amor e tentei não aprofundar o sentimento com ninguém. Fiz piada de mim mesma e bati no peito pra dizer que amor não existe.
Até que um dia eu cansei. Abandonei meus fantasmas, namorei de novo, apresentei pra família e pros amigos. Tentei ir devagar, me jogar menos no sentimento, ir com calma. Não fiz planos, nem grandes coisas. E foi um saco. Tudo sempre morno, sempre rotina, sempre sem grandes surpresas. Óbvio que não deu certo.
Eu sempre quis mais. Eu sempre quis o máximo que eu pudesse ter. E não, não acho egoísmo nem gula. Acho que mereço. Porque eu sempre fui assim, exagerada, expansiva, apaixonada. Demonstro mesmo, tô nem aí.
Até que o amor mudou de cor, criou um nome e uma fisionomia. Trouxe sentimentos que eu achei que já tinha esquecido e o mesmo brilho nos olhos que eu achei que nunca veria, além dos meus. Trouxe os planos que eu havia guardado no baú e a intensidade que achei que só os loucos tivessem. Trouxe um grande FODA-SE para o que os outros pensam e muitas (muitas mesmo) lágrimas nos olhos de alegria. Trouxe concordância no silêncio, facilidade no convívio.
Trouxe bilhete escondido na carteira, recadinho de batom no espelho do banheiro, rosas sem motivo. Trouxe fotos de casal clichê, gritos de eu te amo no meio da rua, planos feitos a dois. Trouxe um desejo de futuro, uma alma de adolescente e programas que agradassem ambos. Trouxe velas em jantares românticos, portas de carro gentilmente abertas e cadeiras gentilmente puxadas para sentar-me. Trouxe abraço quente, sorriso bobo e cantadas no meio do dia. Trouxe a melhor mistura que amor e sexo podem causar num casal.
Trouxe demonstrações públicas de afeto sem pudor, e trocas de surpresas só pelo fato de gostar de ver o outro sorrir. Trouxe a certeza do amor, do querer bem e do querer pra si. Trouxe o cuidar, o gostar, o se importar.
Trouxe, acima de tudo, a certeza de que eu não estava errada: todo aquele amor que passei a vida inteira buscando (e as pessoas quase me fizeram desistir de encontrar) existe sim. Está em você, e eu tenho a sorte de tê-lo todinho pra mim.
A melhor sensação do mundo? A de ser correspondida e amada à altura que a gente acha que merece.
Te amo! 🙂
16/06/2013
Sou um pouco assim, só que não intensa. O meu caso é o inverso.
[Não gosto de demonstrações exageradas de afeto pq eu acho desnecessário. Sou o tipo de pessoa que não curte que alguem encha meu face com milhares de mensagem de amor ou passe o dia me ligando mesmo sem ter assunto.
Gosto de demosntrações exclusivas, eu mostrando todo o amor que eu sinto para a pessoa ao meu lado, sem palcos ou cãmeras a nossa frente.
Sempre acho todos os relacionamentos enfadonhos pq são a mesma coisa. Acho que eu mereço intensidade, algo a mais. Não um cara colado em mim o dia todo, a hora toda, parecendo uma matraca dizendo “eu te amo”. Procuro por alguém que seja como eu, que queira crescer e chegar longe junto comigo..
Enfim, eu não sou normal..