Mais um dia para falhar miseravelmente.
Quando li a tarefa do dia 2, confesso que me bateu um desespero: COMO CARALHOS LOGO EU CONSEGUIREI FAZER AS COISAS DE-VA-GAR? Gente, não! Sou uma pessoa assumidamente ansiosa, acelerada, multitarefa, cabeça a milhão, INCAPAZ de permitir-se ficar sem fazer nada.
Mas eu topei o desafio, não topei? Então bora desacelerar. Caracol mode on.
Tomei um banho calmo e tranquilo (sorry, planeta!) tentando não pensar em nada nem me culpar pela demora. Fiz um café da manhã gostoso, permiti-me tomá-lo antes de sentar em frente ao computador para trabalhar – e confesso que um simples ovinho mexido com café preto teve até outro gosto.
Mais tarde, na fisioterapia, tentei relaxar: proibi-me de resolver coisas de trabalho ou adiantar qualquer outro assunto de pendência pessoal. Deu meio certo, porque na metade da sessão acabei não aguentando e resolvendo umas coisinhas.
Decidi voltar pra casa caminhando lentamente. Curtindo o sol na pele, o vento no rosto; um trajeto calmante e agradável. Fiz pela primeira vez em anos, de fato uma hora inteira de almoço.
Revisei um a um de meus emails antes de deixar a pressa do meu dedo apertar o “Enviar”. Deixei algumas notificações esperando, sabendo que elas não eram tão urgentes.
À noite, saí para jantar com uma bela cia (também conhecido como namorado) e me deixei rir, conversar, olhar nos olhos, ficar em silêncio. Voltamos pra casa, deitamos no tapete da sala com os cachorros e ali permanecemos, vendo Netflix, jogando conversa fora, carinhando nossos pets, pés entrelaçados.
A surpreendente conclusão da tarefa do dia foi que, apesar de ter-me sentido culpada VÁRIAS vezes pela lentidão que adotei no ritmo do dia, nada ficou pra trás. Nenhuma tarefa teve de ser deixada para amanhã.
Nenhum job atrasado, nenhum caos causado pelo meu modo lesma. O dia não rendeu menos por isso, acreditam? Pois é, nem eu. Talvez seja um sinal. Tentemos ser mais calmos em tudo, daqui pra frente.
Ta aí, gostei! #desafiovoceempaz dia 2, concluído com sucesso.