Quinta Sexual 43: Bissexualidade à flor da pele

Eu sempre disse meio que em tom de brincadeira: “O mundo seria muito melhor se todos fôssemos bissexuais”. Mas parando pra pensar, brincadeiras à parte, até que faz algum sentido.

Porque aí não existiria esse tamanho preconceito bobo que infelizmente ainda circula por nossas ruas. Sem comentar o fato de que o leque de oportunidades de paquera de todas as pessoas aumentariam.

Ok, ok. Eu já estou vendo menino, sua cara de nojinho ao imaginar “outra barba se esfregando na sua”, ou você, guria, “beijando outra boca com batom”. Eu entendo e respeito sua opinião hetero, CONTANTO que não seja preconceituosa.

Porque preconceito amigos, não está com nada.

Bissexualidade é uma realidade cada vez mais presente em nossas vidas, e cabe a cada um de nós fazer nossa parte para entender que  biológica e culturalmente, nascemos homens e mulheres, seres fisicamente diferentes e definidos aos olhos da sociedade. Que em teoria, homem e mulher seriam o encaixe perfeito. Mas que, entretanto, o comportamento de cada um vai se moldando ao longo da vida e sofre influências psicossociais. Resultado: nem oito nem oitenta.

Novos valores surgidos a partir de grupos que se formam batendo de frente com o que a sociedade impõe ganham cada vez mais relevância no contexto social moderno. A juventude por exemplo, vê na sexualidade uma forma de dar o grito de liberdade.

“Estamos aceitando a diversidade. Permitimos que as pessoas ‘diferentes’ do padrão imposto socialmente saiam de seus casulos e assumam seus desejos. Isto é um ganho individual e social. Provavelmente, num futuro próximo, muitos dirão: ESTOU bissexual, e não SOU bissexual”, diz a terapeuta sexual Franciele Minotto. Mas, quando se trata da sexualidade, muitos ainda arregalam os olhos.

Descobrir-se bissexual é uma questão que está intimamente ligada à relação com o mundo que cada um tem. A cultura tem um papel fundamental na definição dos papéis sociais. É a partir dela que se define o conjunto de comportamentos considerados adequados às pessoas. E com a bissexualidade é a mesma coisa.

Vale lembrar que a partir do momento que o indivíduo é bem resolvido e tem coragem de enfrentar todas as críticas alheias, assumir-se bissexual ainda esbarra em aspectos pessoais, profissionais e familiares. E esta “apresentação” para o mundo pode ser acompanhada por momentos difíceis, infelizmente.

A nossa parte? Aceitar diferenças. Entender que alguém que não tem a mesma sexualidade que você, não está necessariamente errado. E que o importante, é todos sermos felizes com nossas escolhas. Palavras de uma hetero, que respeita e admira o mundo bi.

Agora SAIDAQUI!

PS: Alguns trechos foram adaptados daqui.

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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5 comentários

  1. Show de bola! como disse um assunto polêmico. Porem que devíamos falar mais.. justamente para ver se entra na cabeça de algumas pessoas! que os Bis-sexuais ou mesmo os Homossexuais são pessoas normais como todos com escolhas diferentes como todos!

    NÃO AO PRECONCEITO!

    Palavras de um Hetero que admira o mundo!

  2. Adoro. Acho dygno. Apoio. Acho LINDO.
    Vivam, pessoas, vivam, pessoas, VIVAM!

  3. Lindamente escrito o post Amanda, mando bem.

    Sou totalmente contra o preconceito, de qualquer forma. A pessoa deva ser feliz desde que não traga a infelicidade para seus entes queridos.

    Porémmmm, discordo no aspecto da bisexulidade. Ser homossexual ou ser hetero não é uma escolha, você nasce assim e pronto. Já ser bisexual eu acredito que é a mesma coisa que é extremamente carente com medo de ficar sozinha.

    Analisando todos os fatores que você menciona no post parece que estou errado, mas era desse modo que eu pensava até hoje !

    PS*estou repensando agora o assuntis.

  4. Eu sou bissexual e concordo com o seu ponto de vista.
    Sou casada com um heterossexual, que sabe me compreender e respeitar perfeitamente. Acho que sou uma mulher de muita sorte, mas sempre fui bem resolvida com a minha sexualidade. E, obviamente, totalmente sem preconceitos. 🙂

    Excelente texto. Parabéns! 😉

    Beijo intenso,
    Mikaela.

  5. Eu descobri que tenho uma mulher morando em mim.
    Problema é que ela é lésbica 😛

    Brincadeiras à parte, uma coisa que a gente nem sempre lembra de comentar quando toca nesses assuntos é o fato da bissexualidade, e mesmo a homossexualidade, feminina é muito mais tolerável pela sociedade. Principalmente pelo fato desse tópico mexer muito com o imaginário e as fantasias dos homens, que ainda, querendo ou não, são os grandes determinantes no comportamento da sociedade como um todo.

    Mas eu continuo na luta pelo reconhecimento da nossa causa, somos minoria mas temos orgulho disso: 100% Hetero! hehe

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