Nossa senhora do corpo dolorido, me ajude. Gordinha quando decide fazer exercício quase morre no durante e no depois, né? Mas é bom, pra me lembrar de nunca mais deixar chegar nesse ponto de gordura corporal, sedentarismo e falta de amor próprio.
Pareço uma velha arrastando as pernas pra andar (e pra entrar no banho então? Aqui os chuveiros normalmente vem acompanhado de banheira, o que exige uma certa altura e destreza no levantamento das pernas para entrar nelas, coisa que não tive hoje) mas tô feliz pela iniciativa de me mexer. Acho que no fundo, não é só a dieta, sabe? Tudo muda: você sente seu corpo mudando em vários aspectos (cabelo mais bonito, pele mais saudável, celulites diminuindo, humor constante, intestino regulado, olfato e paladar aguçados, crises de úlcera e/ou enxaqueca desaparecendo) e se anima a fazer sempre mais. É aquele feeling de sentir que você está fazendo tanto, e que isso está te fazendo tão bem, que sempre dá pra dar um passinho a mais.
A principal mudança está na mentalidade. Mudar seu estilo de vida, mudar o pensamento e relacionamento com a comida: “eu estou realmente com fome? Ou é gula?”, “eu preciso realmente ingerir isso? Vale as calorias?”, e por aí vai….
Bom, voltando ao teste de paciência extrtema, bati no liquidificador (e depois coei) o café da manhã e lanchinho da tarde de hoje: repolho roxo, bastante gengibre (anti inflamatório, vai me ajudar nas dores musculares), maçã, cenoura, limão e bastante laranja (enchendo meus sucos com vitamina C pra não gripar). Ficou delicioso!
Fui para o trabalho e a média de água do dia deve ter batido fácil os 3L (não sei se já mencionei aqui, mas essa dieta deixa a boca bastante seca e você sente sede o dia todo – fora o mau hálito, que é a parte ruim de todo o processo).
No almoço, sopa de tomate (nem aguentei comer a porção inteira, que já não era das maiores) ralinha e um copo de suco do Al Grano (vou deixar a dona desse lugar rica com essa dieta) no parque, esparramada na grama embaixo da sombra de uma linda árvore, foi quase poético.
E agora, a notícia bomba: eu decidi sair da dieta por uma refeição. Mas não é porque me bateu vontade de comer qualquer coisa, não: trata-se de um restaurante que eu estava com lombriga de ir há mais de ano, com gastronomia tailandesa, o Restobar Ky (não tenho maturidade pra esse nome, rs). Fiquei encantada pela decoração rústica e inusitada, com direito a soldados quebra nozes gigantes, cavalos alados e lustres bregas de bolinha azul, passando por tapeçarias indianas e luminárias japonesas, com mesas e cadeiras de inúmeros tamanhos, tipos e cores, além de luminárias, flores, estátuas e enfeites para todos os gostos. De um atendimento impecável (o que é bem raro no Chile), acabei ganhando até paquera do garçom (em formato de mini mousse de chocolate com licor de cortesia) depois de provar os aperitivos de entrada e um frango tailandês apimentado com muitas especiarias numa cama com arroz de Jasmin.
Os sabores e temperos estavam inexplicáveis e indescritíveis: foi uma festa das papilas gustativas da minha boca.
Sabem qual a melhor parte? Consciência não pesou, porque era algo que eu tinha planejado há muito tempo, comi só o que me deu realmente vontade e comi apenas o suficiente para ficar satisfeita. Evitando aquela sensação de empanturramento, sabe? Até porque, essa “escorregada” estava programada há muito tempo e honestamente? Não comi nem 1/4 do prato que pedi (acho que até ofendi levemente o garçom, que me perguntou se eu não tinha gostado da comida). No fim, foi bom também pra saber o quanto meu estômago realmente diminuiu e como é bom reestabelecer essa diferença de fome e vontade de comer.
Jubicreusa feliz (esse é o nome da minha lombriga) e amanhã volto tudo ao normal: 100% suco pra vida enquanto eu me sentir bem (lembrando que a sugestão é fazer mínimo de 10 e máximo de 60 nessa dieta, ein?). Pra encerrar, só olhando pela minha cara: vai dizer que não valeu à pena?