Quando a distância faz bem…

É fato irrefutável que inspiração vem quando a gente menos espera.

Lá estava eu, tomando água de coco (bicha, eu sei) fumando um narguilezinho (mais bicha ainda, eu sei) e olhando a lua (ok, nem falo mais nada) quando comecei a viajar em algumas coisas.

E me foquei em um tema, que decidi compartilhar com vocês, leitores (poucos por enquanto, mas fiéis): situações onde a distância faz bem.

Todos nós, sem exceção, sabemos o quanto distância pode ser ruim. Destruir relacionamentos, sentimentos, amizades, amores, famílias, e por aí vai.

Mas ninguém nunca fala da parte boa da distância.

Pois eu estou passando por ela.

Sério. Vou explicar. Mas antes, um pouco de background…

Meus pais se separaram em 2006. Nessa mesma época eu saí de casa. Ou seja, a tal família “alicerce” se acabou. Quando eu pisquei. Passei por maus bocados. Tanto pessoais, quanto financeiros.

Mas estabilizei-me. Em ambos os sentidos. Não foi uma boa maneira, mas terminamos em nos afastarmos todos: eu, meu pai, minha mãe, e minha irmã (quer conhecer mais dela? Leia aqui).

Resumo da ópera: O tempo passou, a poeira baixou, e eu decidi perdoar todos os erros de nós. Os meus, e os deles. Voltei a ter um relacionamento ótimo com minha mãe, mas com meu pai, o buraco foi mais embaixo.

Não que eu tenha brigado com ele, nem nada, mas simplesmente nos afastamos, e reaproximar-se, parecia impossível.

Até que eu me mudei do interior de São Paulo, pra Porto Alegre, do nada.

E em uma semana, parecia que nunca tínhamos deixado de ser “cu e calça” (sorry, não encontrei termo melhor para descrever o que éramos). Tá, não o vejo pessoalmente, mas isso já não acontecia, de qualquer maneira.

Porém, ele se faz presente agora. Manda SMS, pergunta como eu estou. Se preocupa.

Juro, não existem palavras pra descrever a alegria que eu sinto cada vez que ele lembra de mim.

Tanta gente reclamando por aí, porque não sabem a falta que faz um pai e uma mãe presentes. Todos cometem erros. Com os pais jamais seria diferente.

Pai é pai. E mãe é mãe. Redundante. Mas completamente verdadeiro.

Amor incondicional deveria traduzir-se em “pai e mãe”. Agora SaiDaqui e vá abraçar seus pais.

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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3 comentários

  1. A distância é tão importante quanto a proximidade…

    Se relacionamentos acabam pela distância, eles também podem acabar pela proximidade. Já diziam os mais velhos, nenhum extremo é saudável. Se por um lado existe a saudade, o esquecimento, por outro existe o conflito e a falta de espaço. Não físico, manja? Ah, ce entendeu =p

    #Ying-Yang, Pai Mei, Kung-Fu, Pato Fu feelings

    Acho que o pior sentimento que alguém pode ter pelo outro é desprezo, o ignorar totalmente. Até raiva é uma resposta a alguma ação que você toma, e isso mostra que a outra pessoa “interage” com você, mesmo que minimamente.

  2. ééé
    realmente tem gente que reclama de boca cheia…
    eu já fui assim, de não dar valor pras coisas que meus pais faziam, achar eles um ‘castigo’ e coisas do tipo…
    mas hoje eu tenho uma relação bem massa com meus pais, salvo alguns fatos que não temos o mesmo ponto de vista…acho que quando se mora junto não tem como ser um mar de rosas o tempo todo, mas quando se está longe, se quer aproveitar cada momento ao lado da pessoa e isso faz as coisas ruins mais fáceis de relevar…

    já to com saudade Cacatuaa!
    beijãããoo e te cuida!

  3. Não devemos ficar perdendo tempo…
    A vida passa rápido e como você disse todos erram, erraram ou ainda vão errar.
    Temos que aprender a perdoar…pra poder viver toda a felicidade que um dia existiu e que por algum motivo ou outro deixamos guardada em algum lugar.
    Já passei por alguns problemas que me fizeram pensar muito nisso.
    Hoje tento viver assim como falei.

    Fica com deus e boa sorte ai em Porto Alegre.
    Um beijão
    Tatá

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