Eu permito
Será que as pessoas se cobram razões demais e por medo, amam de menos?
Honestamente, acho que se amor fosse fácil e decifrável, não seria assim tão lindo, completo e cheio de mágica como tantas músicas, quadros, textos e poemas pintam. As pessoas tem teorias demais para explicar o que sabem de menos e nesse meio de caminho talvez se percam na ânsia de definir algo que não precisa disso.
Gosto de acreditar que amor é múltiplo e acontece várias vezes na vida. Que nós é quem fazemos nossa sorte e decidimos nossa própria propensão a se apaixonar por determinado tipo de pessoa: gostar no outro tudo aquilo que falta na gente, se apaixonar por tudo que acha errado ou romantizar uma história que a mente invente antes mesmo de beijá-lo e talvez nem aconteça na vida real.
Fato é que o segredo está em permitir-se.
Eu, por exemplo, permito que você entre em minha casa de sopetão: que arrombe a porta, fale alto e não sinta vergonha de demonstrar o que sente. Que me pegue no colo, e se eu não quisesse, que arrastasse à força para levar num canto à dois.
Permito que seja homem, imponente e decidido; planeje um futuro cheio de sonhos e detalhes, e que me inclua nele.
Deixo que me olhe nos olhos até que todos os nossos fiquem marejados, e cheios de lágrimas você prometa que vai ser diferente dessa vez: que as coisas vão ser intensas sempre, e que posso contar com você pra ser meu porto-seguro. Que não preciso ter medo e que principalmente, não preciso ser forte: você faria essa parte por nós. Que acima de tudo, não haverão corações partidos.
E que no fundo de mim, eu me permita ter a certeza de que se alguém tentasse dizer ou fazer algo ruim, você me defenderia sem titubear. Permito que você entenda o real significado da frase “quando a gente gosta é claro que a gente cuida” – e que cuide com unhas e dentes.
Em troca, prometo colo, abraço, beijo molhado e sexo selvagem. E que isso seja nosso padrão diário de ser feliz.
SaiDaqui!
23/11/2012
Do que mais eu precisaria??? Não me vem nada a cabeça no momento…
Para lhe conceder sem firulas, tudo o que me permitiu…