Janela do sexo

Posted By Amanda Armelin on 20/09/2012 | 2 comments

Fazia um calor absurdo. Daqueles dias que quanto menos roupa, melhor.

Camila era adepta do “andar nua pela casa”,  nunca tinha ligado muito para cortinas: na frente do seu apartamento morava um casal de velhinhos que nunca abria a janela. Não tinha com o que se preocupar.

Até aquele dia.

Chegou do trabalho, jogou a mochila num canto, prendeu os cabelos longos e castanhos com uma caneta. Tirou a roupa, vestiu um chinelo e tomou uma ducha gelada.

Mal se enxugou: gostava da sensação das gotas escorrendo frias pelo seu corpo.

E enquanto ia para a cozinha buscar seu rotineiro copo de água gelada, deparou-se com a janela do apartamento da frente aberta. Na verdade, ela mal reparou na janela em si, mas não pôde deixar de reparar no elemento emoldurado por ela: Moreno de cabelos bagunçados, era alto e tinha uma tatuagem no braço esquerdo. Barba por fazer, cerveja na mão e um olhar que misturava susto com safadeza que quase a fez derreter num segundo.

“MEU DEUS! ESTOU PELADA!” – Lembrou-se e corou instantaneamente. Sentiu o rosto ferver de vergonha e desejou se jogar no chão para esconder até o dia seguinte.

Mas ao mesmo tempo sentiu todos os pêlos do corpo se eriçarem. Aquele homem que nunca a tinha visto na frente agora conhecia suas partes mais íntimas, e dava sinais de quem tinha adorado o voyerismo acidental.

Ele ergueu a cerveja como quem faz um brinde, o que a fez sentir mais vergonha e mais tesão. Respondeu com um sorriso amarelo e virou-se para morrer de rir ou chorar (ainda não tinha decidido) em outro cômodo da casa. Decidindo se ia sejogar da janela ou se afogar em uma panela cheia de vergonha, ela foi até o quarto e sentou na cama. Em transe, vestiu  a primeira roupa que encontrou na frente e tentou desligar a mente do recém acontecido. Decidiu tirar o lixo.

no caminho de volta, escutou alguém se aproximando nas escadas. Era ele. Não bastasse ter sido vista nua pela janela, ela agora teria que encarar o sujeito pessoalmente.

Tentou apressar o passo e evitar o constrangimento do encontro, mas foi em vão.

“Acho que acabei de te conhecer pela janela dos meus avós, mas não tenho certeza porque os trajes eram outros” – ele disse rindo. “Prazer, sou Marcelo!”

“Camila. Ah, mil desculpas pelo ocorrido..É que…” – mas ele a interrompeu:

“Desculpas? Eu é que deveria agradecer por ter sido tão privilegiado com a visão que tive! Estava me controlando até agora para inventar qualquer desculpa e tocar sua campainha”

E num sorriso safado e cheio de tesão, ela disse enquanto lhe dava as costas: “Eu não tenho açúcar. Se ia usar essa desculpa, pensa em outra, e rápido. Apartamento 302.”.

Dez minutos depois, estavam ambos em seu apartamento, completamente nus e se agarrando como se não houvesse amanhã. Entre beijos molhados e intensos, vários enfeites da estante se quebraram. Era uma vibe de sexo selvagem tão gostosa que logo vieram os puxões de cabelo e alguns tapas na bunda.

Ela o apertava forte, e pedia baixinho em sua orelha que a penetrasse bem fundo. Mas ele queria chupá-la antes de qualquer coisa. Queria sentir aquele gozo tocar o paladar, quente e quase doce.

Depois disso, se comeram loucamente por muito tempo, e entre apertões e gemidos, gozaram juntos.

Ainda exaustos e ofegantes, ele completa:

“Você já era deliciosa nos meus pensamentos, mas confesso que pessoalmente é ainda muito melhor do que eu havia imaginado. Nunca vou esquecer da moça pelada da janela” – riu, e abraçou-a.

SaiDaqui!