Não-Espera
Mais do mesmo, que já não é a mesma coisa, pra ser sincera…
Das mesmas pessoas que ao se encontrarem hoje, pareciam completos estranhos. Sentiram-se diferentes: Mais adultos, mais calmos. Do olhar que transmitem uma deliciosa não-pressa.
Nenhum dos dois precisou pedir desculpas. Muito menos confessar que sentira saudade. Disseram com o gesto tímido ao tocarem-se. Tentaram usar palavras. Entenderam que era desnecessário.
Como se o mesmo quarto fosse agora o recomeço. O perdão por tudo que sentiram de ruim um pelo outro. Sentiram? Sei lá também. Acho que tentaram sentir.
A princesa do castelo que não existe, entendeu que um príncipe não seria a melhor opção. Vidinha medíocre e perfeita, talvez não lhe trouxesse tanta inspiração. Ela tinha se cansado de promessas vazias e falsas. De imaginar vidas de contos de fada. Constuir castelos com a mente, pra mais tarde descobrir que eram feitos sempre de papel que se vai com o primeiro vento.
Passou a viver de verdade quando não mais planejava. Queria mesmo era ser rodeada de sapos. Onde não criava situações imaginárias e “idiotamente” perfeitas que normalmente não aconteciam. Causava-lhe medo, como sempre. Mas esse fato já não a incomodava: Fazia-a ainda mais viva, forte e segura de si. Sentia-se lisongeada.
O que a fez tão bem? A não-espera de algo. Surpreendia-se muito mais dessa forma.
SaiDaqui!
17/01/2011
Foi pensando naquela antigo post “seis anos em uma noite”? parece que sim!
Quem tem o dom de expor o intimo da alma, tem o dom de tocar corações!
Pago um pau pra minha catarrenta!!!
17/01/2011
“O que a fez tão bem? A não-espera de algo. Surpreendia-se muito mais dessa forma.”
Disse tudo… É assim que tem que ser.