Princesas só encontram príncipes quando não os procuram

Era a rainha das escolhas erradas, e agora pagava pelos erros de outrora. “Não é justo!” pensava ela enquanto se dava conta que também já fez isso com outros, e sentia corar de vergonha por isso.

Justo agora, que aprendeu a fazer as escolhas certas. Mas como diria sua avó, “a vida não espera que a gente aprenda” e continuava então sua jornada sofrida rumo ao amor.

Aliás, já não acreditava tanto assim que ele ainda existisse. Baseando-se em cálculos estatísticos de todo amor que deu, somado com todo amor que viu outras pessoas doarem, dividido pelo número de vezes que viu esse amor ser jogado fora e subtraindo-se a dor de todos eles que foram embora, o resultado ainda era -1 pedaço em seu coração.

Decidiu que agora ia fazer diferente: Nada de emendar o fim de um relacionamento no começo de outro. Agora ela sabia que precisava, (e no fundo até queria) ficar sozinha. Reinventar-se. Redescobrir-se. Amar-se.

No começo foi bastante difícil: Apegava-se aos amigos e não parava em casa. Não queria sentir aquela solidão toda lhe batendo na cara. A casa era fria e deserta demais.

Até que aos poucos, a “obrigação” em sair de casa tornou-se pura diversão mesmo, e logo ela passou a a conhecer muita gente diferente e divertida.

Mais um tempo, e aceitar sua presença era até agradável. Aproveitava para ler livros, ouvir suas músicas favoritas, fazer alguns trabalhos manuais e escrever suas histórias malucas sobre princesas que só encontravam seus príncipes quando paravam de procurar por eles desesperadamente.

😉 SaiDaqui!

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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3 comentários

  1. Nem vou comentar nada. Já disse que vc faz bruxaria viu…=P

    Beijos

  2. Hahahaha a parte do “não parava em casa” é a melhor rs…
    Estou passando por essa fase!!!

    Adorei o texto…

    beijos lindona

  3. O príncipe ou a princesa podem estar sempre mais próximos do que se possa imaginar. Mas antes de qualquer movimento precipitado, principalmente na carência, o mais certo é “manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo”.
    O problema na obrigação de sair de casa é a grana! Sempre acaba faltando…
    Ótimo texto! Saudades!
    Beijão

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