Quinta Sexual 74: Um tatuador e cinco orgasmos

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Ela estava numa nova fase de vida. Há tempos sonhava em fazer uma tatuagem, mas o medo sempre falava mais alto.

Decidiu então que isso também seria diferente. Marcou a sessão para o dia seguinte, no último horário disponível, já que trabalhava o dia todo. Escolheu o desenho que namorava há tempos em fazer: um floral lindo, delicado e colorido.

Conversou com o tatuador um pouco, perguntou sobre a dor que sentiria, os cuidados que teria que tomar e ficou um pouco sem graça quando teve que mostrar a costela toda, com parte dos seios quase à mostra para indicar o local que faria a tatuagem. Senriu o rosto corar.

Pensou por um instante que ele a havia olhado “com outros olhos”. Decidiu que era encanação de sua cabeça. Afinal, aquele homem lindo, moreno, alto, forte e todo tatuado, cheio de seu estilo hippie e descontraído, jamais se apaixonaria por uma moça medrosa e comum como ela era.

Foi embora feliz pela decisão e prova de coragem a si mesma que estamparia no corpo no outro dia. Mas de alguma forma, não era só isso. A imagem do tatuador não lhe abandonava os pensamentos.

Ao chegar em casa não resistiu: utilizou-se de toda sua imaginação para tocar cada milímetro de seu corpo enquanto tomava banho. Imaginou como seria o gosto do beijo, a textura e intensidade da mão lhe passeando pelas curvas. E principalmente, como seria delicioso ele possuí-la naquele instante, em pé, no chuveiro. Gemeu de leve quando imaginou ele lhe puxando os cabelos por trás, apertando forte os seios enquanto penetrava-a e gemia de forma quente perto de sua orelha.

No dia seguinte, trabalhou o dia todo num misto de nervosismo pela dor que sentiria e ansiedade em ver o dono de suas fantasias daquele banho delicioso da noite anterior novamente.

Numa reação automática, corou ao cumprimentá-lo com um beijo no rosto. Para sua surpresa, ele virou um pouco mais o rosto para que o beijo fosse de cantinho de lábio. Fechou forte os olhos por um segundo, pensando em suas mais sórdidas fantasias com aquele homem que ali estava à sua frente.

Conversaram duante todo o tempo que durou a tatuagem. Ele a acalmava pela dor e conversavam sobre suas histórias de vida. A cada minuto que ele contava suas experiências, mais vontade ela sentia de que ele a agarrasse. Aquele misto de dor e toque leve da mão dele perto dos seus seios lhe causou tamanho prazer que até hoje é indescritível.

Foi embora com a certa intenção de repetir sua fantasia de chuveiro da noite anterior, quando quase chegando em casa, o celular toca. Era ele, perguntando se podia encontrá-la em seu apartamento. Gaguejou um pouco, mas respondeu que sim.

Mal se falaram. Tudo que devia ser dito já tinha sido feito algumas horas atrás. Ele não titubeou: beijou-a intensamente logo que abriu a porta. Deixou logo que as mãos deslizassem para suas mais íntimas partes. Nenhum dos dois se aguentaria de vontade e não havia tempo para preliminares. Queriam aquele sexo intenso, selvagem e cheio de pegada.

Passaram as próximas três horas banhados em suor, gozo, libido e tesão. Transaram de todas as formas e em todos os cômodos existentes. Ao gozar pela quinta e última vez, susurrou no ouvido dele: “você é muito melhor do que eu havia imaginado ontem..”

Ao ouvir tal frase, não se conteve num sorriso maroto e nem no gozo.

Melhor experiência de tatuagem para ambos, até hoje.

SaiDaqui 😉

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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2 comentários

  1. PORRA AMANDA, PORRA!!!
    *o*

  2. Curti muito esse pequeno conto, ou “história real” talvez. Mesmo assim é uma história provocante!

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