Rainha dos Desastres
“Some dance to remember. Some dance to forget”. Você dança pra quê?
Certas pessoas, momentos e coisas são completamente inesquecíveis.
A maioria deles são do tipo passageiros. Vem e vão na velocidade da luz. Aparecem, te enlouquecem, e se vão. Nunca os culpe. Nós precisamos deles para nos sentir mais vivos. São chacoalhões inesperados assim que sempre nos empurram pra frente, de um jeito ou de outro. Um amor eterno que dura um mês. Um fim de semana que vale uma vida. Uma companhia boa que dura apenas um dia.
Depois, tem aqueles que não te deixam: Há tempos não te desgrudam. Esses a gente conhece de olhos fechados, de ponta cabeça e até embaixo d’água. Um amigo que você possa ligar chorando às 3h da madrugada. Um olhar que você entende como uma longa conversa. Um abraço que cura qualquer gripe chata e boba. Que só aqueles eternamente conectados contigo podem prover.
E tem aqueles que são indiferentes. Momentos alheios que não tocam sua vida. Realidades paralelas que não te interessam. Pessoas que não se importam. Mas a escória deles são aqueles que não deveriam, mas tocam sua vida para fazer mal.
Alguns nem o fazem propositalmente, mas machucam feio. Têm prazer na desgraça alheia. Alimentam-se disso.
Esses? São os mais importantes.
Porque nos proporcionam autoconhecimento. Os que mais fazem doer, apertar, machucar. Esses ensinam. Muito mais do que a gente imagina. Ou vai me dizer que você decidiu mudar de vida quando estava tudo perfeitamente bem?
Eu sou a Rainha dos desastres. Sempre meto o pé pelas mãos. Precipitada. Ansiosa. Geniosa. Consequentemente, sempre de cara no chão. O que eu faço? Levanto, repenso, e recomeço.
Porque no meu âmago eu sei que não sou o que você pensa que sou. Muito menos o que aparento ser. Também não sou o que te disseram. E nunca vou ser o que você quer que eu seja.
Eu? Sou feita dessas pessoas, momentos e coisas todas. Aleatórias. Inconstantes. Misturadas. Absurdas.
E você? SaiDaqui!
13/08/2010
O que fazer com aquelas imagens que ficam presas no córtex e não mais se soltam? Imagens que vc acorda pela manhã todos os dias e elas estão lá, paradas, esperando vc tomar alguma atitude. Vc finge q não vê e permite q elas as vezes apareçam de mansinho até te possuir.
Boas lembranças fazem vc repensar seu momento atual ou repensar qualquer momento que não tenha sido assim tão bom.
As lembranças nem sempre são coisas boas até mesmo aquelas q são as melhores. Pq tu sabe. Não há como congelar o tempo.
PS:. Adorei o post! 🙂
13/08/2010
Concordo. Lembranças são pequenos cartões na caixinha do nosso cérebro. Visitá-las de vez em quando (tanto as boas quanto as ruins) é inevitável, e até necessário.
Obrigada pelo carinho Viquinho 😉
16/08/2010
Tenho uma teoria de que quanto mais raro for um acontecimento, mas facilmente ele se torna inesquecível. E com essa linha de racicínio, até mesmo coisas banais podem ser inesquecíveis e importantes para pessoas que usufruem pouca coisa de tudo o que a vida tem a nos oferecer.
Eu por exemplo, consigo ter na minha “momentos marcantes” coisinhas idiotas como a última vez que fui no cinema, que almocei fora de casa, que fui na casa de algum amigo (e que algum amigo veio me visitar) e coisas assim. Mas a solução, como você disse, sempre é levantar-se outra vez, e disso é fato. Afinal de contas, se não der para se levantar, como vou sair daqui? // trocadilho final péssimo eu sei, desculpe haha =)
14/10/2010
Ola, Amanda ! Gostaria de dizer que gostei muito do seu texto. Vc é muito inteligente e escreve muito bem, mas acima de qualquer escrita, gostei do modo como vc expos no texto seu sentimento e consequentemente vc.
Parabens, são poucas pessoas que possuem coragem e sinceridade de colocar em palavras seus anseios, medos e experiencias.
Apreciei muito o tema e como vc dissertou sobre ele. 😀