Segunda Cultural 13: Um sonho de liberdade

Será que a cadeia é realmente como pensamos ser?

Tive minhas idéias um pouco distorcidas do comum em “Um Sonho de Liberdade”. Frank Darabont, diretor estreante em 1994, escreveu a trama baseado numa história dramática de Stephen King que retrata o dia-a-dia da penitenciária de ShawShank.

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Andy Dufresne (Tim Robbins, memorável), um rico e inteligente banqueiro, é acusado de assassinar a mulher e o suposto amante, pegos num momento apaixonado, sendo sentenciado à prisão perpétua. Claro que todas as provas levavam à Andy, já que ele estava nas proximidades do local, com uma arma na mão, sedento por vingança e bêbado. Mas isso não quer dizer que ele tenha cometido o crime, conforme descobrimos no desenrolar da trama.

Adaptou-se na prisão sem grandes dificuldades, apesar do preconceito racial e da perseguição de homossexuais, é um homem quieto e de poucas necessidades. Fez amizade com Ellis Boyd Redding (Morgan Freeman), um prisioneiro que cumpre pena há 20 anos e controla o mercado negro do presídio, sutilmente. Juntos, vivem grandes momentos e, apesar de terem suas culpas são honestos e possuem boa índole quando levada em consideração a corrupção de funcionários e da própria diretoria de ShawShank.

Andy e seus bons atos consegue durante a trama toda a confiança dos presidiários E dos funcionários, tentando sempre alcançar uma vida o mais próximo do normal e “livre” possível. Ele consegue depois de muita insistência, montar uma biblioteca, ensinar presidiários a ler e alguns até conseguem seus diplomas. Não obstante, ele ainda ajuda os funcionários com suas declarações de imposto de renda e ajuda o diretor do presídio com lavagem de dinheiro.

Quando cansado de fazer as finanças do presídio e tentou desistir, foi brutalmente massacrado e ameaçado, sendo forçado a continuar seu processo de lavagem de dinheiro.

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Apesar de parecerem mundos surreais e completamente opostos, o mundo “liberal” e o mundo nos presídios não se difere em nada, mostrando um dia-a-dia comum, com atividades corriqueiras e relacionamentos eficazes, a ponto de convencer e manipular os fracos, na luta pela sobrevivência humana. De um fim inesperado e absurdamente inteligente, eu ainda não consigo entender porque “Um Sonho de Liberdade” não ganhou nenhum Oscar.

Se você não viu, eu indico. SAIDAQUI e vá assistí-lo.

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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1 comentário

  1. Eu já assisti o filme, muito bom mesmo. Um ponto que eu consegui ver foi a questão da amizade. Dois homens que se encontraram na prisão e que contruiram uma amizade, que parecia de anos. Outra questão interessante é a do Ellis Boyd Redding (Morgan Freeman)controlar o mercado no presídio, e quando ele sai…. se realmente querem saber, vão assistir… 😀

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