Sobre vontade contida, praia e oportunidades
Se conheciam há não mais que um ano.
Eram amigos íntimos. Um sabia tudo sobre a vida do outro.
Não existiam papas na língua que bastassem para as conversas que tinham: trabalho, amor, sexo, namoros passados…tudo.
Um ciclo vicioso de assuntos que nunca acabava ou diminuia. Conversavam todos os dias, acostumaram-se.
Ela, loira, de estatura mediana, de pernas completamente tatuadas e com curvas bem definidas. Falante, bem humorada e cheia de palavrões pra profanar à qualquer hora. Um pouco tímida com pessoas desconhecidas e bastante atirada com pessoas que gostasse de verdade.
Livre de preconceitos e adepta do amor livre, decidiu que era hora de viajarem juntos.
Ele, moreno, um pouco mais alto que ela, braços tatuados e cara de quem não presta. Inteligente, divertido de conversar e meio antipático com pessoas que não lhe atraíam. Ela adorava esse jeito desligado e desapegado dele com pessoas. Sentia um pouco de inveja, inclusive.
Encontraram-se na escala dos vôos, em Cuiabá.
Ela chegou um pouco antes. Sentou-se na sala de espera com seu vestido tomara que caia azul e as sandálias de dedo que ele tanto gostava. Folheava uma revista qualquer até que ele surgiu e parou em sua frente: “Não vai nem me dar aquele abraço tarado de me deixar envergonhado em público?”
E num sorriso enorme, ela se jogou no abraço apertado. Cheio de carinho, cuidado, ternura e tesão. Aliás, nunca haviam escondido o desejo e atração contidos em ambos. Só não tinham transado ainda por pura culpa das circunstâncias.
Mas aquela viagem mudaria o rumo das coisas.
Chegaram na pousada em Natal, e o clima quente passou a pairar não apenas na atmosfera. A vontade crescia a cada minuto que passavam juntos.
Suportaram o primeiro dia de praia sem pornografias. Mas ele não conseguia disfarçar: olhava-a de biquini e desejava cada vez mais aquele corpo cheio de água salgada e areia em cima do seu. Ela talvez não admitisse, mas também provocava-o tomando sol de costas para ele.
Depois de algumas horas tentando dividir a atenção entre o livro que tinha em mãos e aquela bunda em sua frente, ele desistiu de se concentrar e pediu que fossem embora. Como ela também estava exausta da viagem e do sol, concordou de imediato.
Chegaram e ela foi direto para o banho, sozinha. Meio decepcionado por não ter sido convidado para a festa molhada no banheiro, ele fez um lanche e deitou na rede da varanda. Algum tempo depois, ela aparece, de banho tomado, cheirando à hidratante e com cabelos molhados. Vem usando um mini-short branco desfiado e uma miniblusa preta, sem sutiã. “Vou comer e descansar um pouco enquanto você toma banho, tá?”, disse e saiu rumo à cozinha.
Resignado, ele foi para o banho, gelado. Tentou ao máximo tirar a ideia do sexo da cabeça. Tocou uma para aliviar-se.
Mas não funcionou muito: ao sair, deu de cara com ela de bruços, dormindo na cama, com os seios quase à mostra. Tinha chegado ao seu limite. Arriscaria ali, ou se arrependeria para sempre: começou a beijar os pés dela levemente. Se demorou ali, e foi subindo pelas pernas, devagar. Ainda muito sonolenta, ela acordou sem entender muito do que estava acontecendo. Ele travou por uns segundos, esperando alguma reprovação da parte dela, que não veio.
Puxou então o short e continuou beijando a parte interna de suas coxas. Ela ainda parecia meio dormente. Até o momento em que ele puxou sua calcinha para o lado e lambeu-a demoradamente. Agora, completamente acordada e cheia de tesão, ela agarrou-o pelos cabelos e pediu mais. Que não parasse nunca, disse sussurrando.
Ela gemia e acariciava sua cabeça cheia de tesão, enquanto ele a chupava com toda a vontade que tinha dentro de si. Em um surto de vontade e no limite de seu gozo, ela o puxou pra cima dela, tirou sua roupa e disse, autoritária como adorava ser (não somente na cama): “Me come, agora!”.
Ele obedeceu prontamente, como qualquer homem naquela situação o faria. O sexo foi intenso, forte e ritimado, mais ou menos da maneira que ambos já tinham fantasiado em suas imaginações férteis. E, como ele também imaginara, ela deu as cartas do começo ao fim: quanto às posições, intensidades e tudo que ela tinha direito. E ele obviamente não seria maluco em desobedecê-la.
Gozaram muito. Quase juntos, uma hora e meia depois.
Dormiram abraçados, com algumas intervenções sexuais durante a noite. Sentiam a necessidade de “tirar o atraso” do tesão guardado e escondido de outrora. No fim das contas, foi uma ótima ideia terem ido à praia naquele dia, porque nos dois dias que se sucederam, mal saíram da cama.
SaiDaqui!
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