Talvez por isso…

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Meu atrevimento te assusta, eu sei: talvez porque ele se pareça tanto com o seu.
Logo você, que sempre tão verborrágico foi capaz de bater no peito e definir sentimento, ficou sem fala quando eu sorri e não tentei contrariar.
Sua vontade constante de estar certo e ser confrotado ficou perdida quando eu simplesmente disse sim. Sem justificativa, sem desculpa.
Entende de uma vez que o que me faz ficar é exatamente o fato de não precisarmos um do outro. Praticidade, presença, leveza.
Riso fácil, mesmo em meio à conversas complexas. Discordância mínima, só do tamanho do tempero que a vida dos livros de contos de fada descrevem. Falta de jeito disfarçada com piada, com cara de pau.
A gente se deu bem porque acostumamos a escrever histórias sem começo, vomitar o meio sem floreios e terminar com a ausência de um final feliz.

O que temos é livre. Não tem promessa, não tem pra sempre. Só tem sorriso e abraço esporádico, aproveitado sempre que possível.
Talvez por isso seja tão inesquecível.

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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