Você é bom em comunicação?

 

 

Por Patrícia Ávila

Todos os anos, centenas de profissionais de comunicação chegam ao mercado de trabalho. Formados em jornalismo, relações públicas, comunicação social e outras disciplinas correlatas, esses jovens, em geral, saem de faculdades nos quatro cantos do país para disputar vagas em empresas, agências ou veículos de imprensa. Saem formados, mas não prontos. E isso não é privilégio dos novatos. Mesmo entre os mais velhos, que já ocupam cargos de destaque, há um número surpreendente de gente sem habilidade para exercer parte da função a que se propôs.

Comunicação não é uma ciência exata – isso, por si só, já complica muito qualquer tentativa de descrever com objetividade o perfil de um bom profissional da área. Mas não custa tentar.

Acredito que, em qualquer campo de atividade, o bom profissional precisa dominar três habilidades básicas: conhecimento técnico, capacidade de gestão e relacionamento. As escolas e faculdades, em geral, têm feito um bom trabalho ao transmitir e desenvolver o conhecimento técnico, embora ainda precisem de um cuidado especial com a redação. Sim, o básico dos básicos: a redação. Imagine um jogador de futebol sem intimidade com a bola. Tenho visto muitos profissionais de comunicação maltratando o idioma e os ouvidos da audiência, e isso não é coisa que se possa corrigir rapidamente.

A gestão já é algo mais sofisticado, mas igualmente importante. Precisamos saber gerir pessoas e projetos. Gerir tarefas e prazos. Gerir o nosso tempo e o alheio. Gerir orçamentos. (Sim, matemática é importante!) Saber planejar e replanejar. Gente desorganizada não pode trabalhar com comunicação, esse negócio imprevisível e cheio de surpresas ao longo do caminho.

E o principal vem agora. Comunicar-se é estabelecer relacionamentos. Se você não quer, não sabe ou não gosta de se relacionar, esqueça:  comunicação não é a sua praia. Há muita gente grande por aí que ainda não entendeu isso, e tenta atuar na área passando por cima da opinião alheia (e da dignidade também), como um trator. Em comunicação, não basta saber falar: tem que saber ouvir, e muito.

Em resumo, conhecimento técnico, gestão e relacionamento são um excelente ponto de partida. Se você somar um pouco de curiosidade e criatividade, tiver capacidade analítica e de observação, e puder adicionar uma dose generosa de bom humor, você é o candidato ideal. Pode vir: você está contratado e começa amanhã.

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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